domingo, 21 de abril de 2013


"...Que dias há que n'alma me tem posto um não sei quê, que nasce não sei onde, vem não sei como, e dói não sei porquê..."
                                                                                                                                       Luís de Camões


                  Quando alguém te tirar do chão, te fizer viajar, te impulsionar a ir mais além, te mostrar novos horizontes, te fazer querer melhorar e despertar aquela sensação de que você não sabe como pode passar tanto tempo sem tê-lo/a em sua vida... Quando esse alguém te fizer rir, gostar de conversar e até os defeitos dele parecerem charmosos, pode ter certeza, vc não está doente, pode sim está com um acréscimo de dopamina no cérebro, resultado de quando estamos incondicionalmente apaixonados, uma certa esquizofrenia rsrsrs!  Afinal, como diz  W.S. "ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa". A forma de como lidamos com essa novidade é que fará toda diferença.

Alguns ao mínimo sinal de tempestade se aproximando, fogem para longe para procurar abrigo, um lugar que lhe deixe seguro, que não o faça sentir os pés tremerem e perderem o equilíbrio. Mas quem pode julgá-las? ninguém nasce não querendo amar, nem acorda de repente, se olha no espelho e diz: nunca irei me apaixonar por ninguém porque não vale a pena. Indiferença, receio, medo... são sentimentos que são desenvolvidos depois de algumas experiências ruins, como mecanismos de proteção da “vulnerabilidade” a qual se está posto. 

Há aquelas que, semelhante ao austríaco Felix Baumgartner,  se jogam da estratosfera em queda livre, não pensando em quebrar um recorde, mas  pedindo a Deus pra tudo dá certo e chegar vivo, inteirinho, pois afinal se apaixonar envolve riscos. Querer se apaixonar e não correr riscos é o mesmo que querer teorizar sobre amor sem nunca ter passado pela experiência de amar. É querer absorver por “osmose” as experiências dos outros.  

As pessoas que mais amaram, com certeza são as mais felizes, as que mais terão o que contar à sua posteridade. Porque se apaixonar, amar, sentir o coração acelerado, as mãos suadas, as pernas trêmulas, ter cuidado, sentir ciúme, querer está perto, passar por rotina, brigar, fazer as pazes, entre tantas outras coisas e sentir medo de tudo isso é mais que normal, é sinal de que estamos vivos.

Também tenho meus momentos que hilariamente apelidamos de “momento Adele”, (só os amigos muito próximos sabem o que é isso) em que o mundo parece um lixo e a superficialidade das relações me incomoda. Já vivi muito tempo me protegendo da tempestade quando a previsão me dizia que iria chover, hoje penso que quem está na chuva é pra se molhar. Não dá pra viver as coisas pela metade, nem teorizar por experiências alheias. Se não der certo, recomeço mais uma vez. Não se joga fora a oportunidade de se reencantar, se reinventar, de recomeçar. A vida passa rápido demais, e um dia essa linda aquarela se descolorirá, não passe pela vida sem sentir a adrenalina de uma paixão avassaladora e a proteção de um grande amor. Com certeza está por aí esperando por você. Pense nisso...
                                                                                                                    (Morena Flor) 
Em 24/10/2012 
                                                                                                                                       



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