"...Que dias há que n'alma me tem posto um não sei quê,
que nasce não sei onde, vem não sei como, e dói não sei porquê..."
Luís de Camões
Quando alguém te tirar do
chão, te fizer viajar, te impulsionar a ir mais além, te mostrar novos
horizontes, te fazer querer melhorar e despertar aquela sensação de que você
não sabe como pode passar tanto tempo sem tê-lo/a em sua vida... Quando esse
alguém te fizer rir, gostar de conversar e até os defeitos dele parecerem
charmosos, pode ter certeza, vc não está doente, pode sim está com um acréscimo
de dopamina no cérebro, resultado de quando estamos incondicionalmente
apaixonados, uma certa esquizofrenia rsrsrs!
Afinal, como diz W.S.
"ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa". A
forma de como lidamos com essa novidade é que fará toda diferença.
Alguns ao
mínimo sinal de tempestade se aproximando, fogem para longe para procurar
abrigo, um lugar que lhe deixe seguro, que não o faça sentir os pés tremerem e
perderem o equilíbrio. Mas quem pode julgá-las? ninguém nasce não querendo
amar, nem acorda de repente, se olha no espelho e diz: nunca irei me apaixonar
por ninguém porque não vale a pena. Indiferença, receio, medo... são
sentimentos que são desenvolvidos depois de algumas experiências ruins, como
mecanismos de proteção da “vulnerabilidade” a qual se está posto.
Há aquelas
que, semelhante ao austríaco Felix Baumgartner, se jogam da estratosfera em queda livre, não pensando
em quebrar um recorde, mas pedindo a
Deus pra tudo dá certo e chegar vivo, inteirinho, pois afinal se apaixonar
envolve riscos. Querer se apaixonar e não correr riscos é o mesmo que querer
teorizar sobre amor sem nunca ter passado pela experiência de amar. É querer
absorver por “osmose” as experiências dos outros.
As pessoas que
mais amaram, com certeza são as mais felizes, as que mais terão o que contar à
sua posteridade. Porque se apaixonar, amar, sentir o coração acelerado, as mãos
suadas, as pernas trêmulas, ter cuidado, sentir ciúme, querer está perto,
passar por rotina, brigar, fazer as pazes, entre tantas outras coisas e sentir
medo de tudo isso é mais que normal, é sinal de que estamos vivos.
Também tenho
meus momentos que hilariamente apelidamos de “momento Adele”, (só os amigos
muito próximos sabem o que é isso) em que o mundo parece um lixo e a
superficialidade das relações me incomoda. Já vivi muito tempo me protegendo da
tempestade quando a previsão me dizia que iria chover, hoje penso que quem está
na chuva é pra se molhar. Não dá pra viver as coisas pela metade, nem teorizar
por experiências alheias. Se não der certo, recomeço mais uma vez. Não se joga
fora a oportunidade de se reencantar, se reinventar, de recomeçar. A vida passa
rápido demais, e um dia essa linda aquarela se descolorirá, não passe pela vida
sem sentir a adrenalina de uma paixão avassaladora e a proteção de um grande
amor. Com certeza está por aí esperando por você. Pense nisso...
(Morena Flor)
Em 24/10/2012
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