De repente você conhece aquela
criatura que sem quê, nem pra quê dá uma balançada no seu eu. O corpo fala, os
olhos procuram, as mentes articulam encontros, flertes e aquele momento “chego
chegando” imperioso. Troca de olhares, aproximação, conversa, aquele cheiro de
perfume no ar, molejo, gingado, xavequices, risos e brincadeiras, troca de
números de telefones, informações em redes sociais, adrenalina a mil e tudo é
puro êxtase.
Tudo
vai muito bem. Como resistir a tamanho encantamento, que independentemente de
idade, cultura, experiência, faz parte da biologia do individuo? É a química da paixão acontecendo. Nessa
fisiologia beleza, cultura, normas, dogmas, tradições são sobrepujadas ao nosso
objeto de maior desejo.
Mas
se apaixonar, se doar a outra pessoa é na certa um desafio, mesmo ao mais bem
intencionado e altruísta sentimental. É tão dicotômica essa busca pela tal
felicidade, essa incompletude que nos remete a ir a busca da pessoa certa, da
nossa outra metade da laranja, do limão
ou seja lá qual for a fruta escolhida. Que ao mesmo tempo em que queremos nos
sentir amados, respeitados, protegidos, valorizados, temos medo de ser
rejeitado, de não ser correspondido com a mesma intensidade, de ficarmos
vulneráveis a um sentimento ou a uma pessoa, medo de se enganar, de se iludir,
de “quebrar a cara”. E nos colocamos num patamar de egoísmo onde desejamos ser
amados, mas não queremos amar.
Fica aquela sensação de que deveríamos
nascer com um coração artificial, quem sabe totalmente (mente e corpo) robotizados.
Onde pudéssemos ativar os aplicativos: pegue e não se apegue; não se apaixone,
não goste, não queira, não pense...
Somos
humanos! Somos um conglomerado de células, tecidos e sistemas bem articulados,
lapidados com inteligência e afetividade e o medo faz parte desse indivíduo
chamado GENTE. É inerente ao nosso biológico, faz parte do nosso mais
rudimentar instinto de sobrevivência. Não somos programáveis!
Cada dia que se passa me sinto
desconectada, não sou de outra vida, mas é como se fosse, como se tivesse vindo
de outra época. Sou intensa, é uma característica da minha personalidade. Não sei viver superficialmente, viver as
coisas pela metade. Preciso está inteira em tudo que faço, em que vivo, porque
metades nunca me satisfazem. Principalmente referente a amor, como já dizia
Cazuza, eu quero a sorte de um AMOR TRANQUILO COM SABOR DE FRUTA MORDIDA...
TODO AMOR QUE HOUVER NESSA VIDA! Nunca desista de você, nem de ser feliz, muito menos do amor. Um dia
quando menos esperar “você vai achar, não quem você estava procurando, mas quem
estava procurando por você!" (Quintana).
Morena Flor
Morena Flor
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