domingo, 14 de abril de 2013

"Eu só quero a sorte de um amor tranquilo"


De repente você conhece aquela criatura que sem quê, nem pra quê dá uma balançada no seu eu. O corpo fala, os olhos procuram, as mentes articulam encontros, flertes e aquele momento “chego chegando” imperioso. Troca de olhares, aproximação, conversa, aquele cheiro de perfume no ar, molejo, gingado, xavequices, risos e brincadeiras, troca de números de telefones, informações em redes sociais, adrenalina a mil e tudo é puro êxtase.

        Tudo vai muito bem. Como resistir a tamanho encantamento, que independentemente de idade, cultura, experiência, faz parte da biologia do individuo?  É a química da paixão acontecendo. Nessa fisiologia beleza, cultura, normas, dogmas, tradições são sobrepujadas ao nosso objeto de maior desejo.

        Mas se apaixonar, se doar a outra pessoa é na certa um desafio, mesmo ao mais bem intencionado e altruísta sentimental. É tão dicotômica essa busca pela tal felicidade, essa incompletude que nos remete a ir a busca da pessoa certa, da nossa outra  metade da laranja, do limão ou seja lá qual for a fruta escolhida. Que ao mesmo tempo em que queremos nos sentir amados, respeitados, protegidos, valorizados, temos medo de ser rejeitado, de não ser correspondido com a mesma intensidade, de ficarmos vulneráveis a um sentimento ou a uma pessoa, medo de se enganar, de se iludir, de “quebrar a cara”. E nos colocamos num patamar de egoísmo onde desejamos ser amados, mas não queremos amar.

        Fica aquela sensação de que deveríamos nascer com um coração artificial, quem sabe totalmente (mente e corpo) robotizados. Onde pudéssemos ativar os aplicativos: pegue e não se apegue; não se apaixone, não goste, não queira, não pense...   

Somos humanos! Somos um conglomerado de células, tecidos e sistemas bem articulados, lapidados com inteligência e afetividade e o medo faz parte desse indivíduo chamado GENTE. É inerente ao nosso biológico, faz parte do nosso mais rudimentar instinto de sobrevivência. Não somos programáveis!

        Cada dia que se passa me sinto desconectada, não sou de outra vida, mas é como se fosse, como se tivesse vindo de outra época. Sou intensa, é uma característica da minha personalidade.  Não sei viver superficialmente, viver as coisas pela metade. Preciso está inteira em tudo que faço, em que vivo, porque metades nunca me satisfazem. Principalmente referente a amor, como já dizia Cazuza, eu quero a sorte de um AMOR TRANQUILO COM SABOR DE FRUTA MORDIDA... TODO AMOR QUE HOUVER NESSA VIDA! Nunca desista de você, nem de ser feliz, muito menos do amor. Um dia quando menos esperar “você vai achar, não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!" (Quintana).



                                                                                                                                Morena Flor

Nenhum comentário:

Postar um comentário